Num mundo cada vez mais competitivo e com recursos escassos, é indispensável combater os desperdícios empresariais. Para gestores financeiros que buscam organizar as finanças da empresa, entender e eliminá-los é um passo essencial para a sustentabilidade e o sucesso, pois eles podem drenar recursos valiosos e reduzir a competitividade de uma empresa no mercado.
O desperdício, em termos empresariais, é tudo aquilo que não agrega valor ao produto ou serviço entregue ao cliente. Taiichi Ohno (1912-1990), um dos principais responsáveis pela filosofia da Produção Enxuta, listou sete tipos deles na produção, com conceitos que podem ser adaptados a qualquer tipo de empresa.
Ao longo deste artigo, vamos explorar cada um dos sete tipos oferecendo insights sobre como eles impactam a eficiência e a produtividade nas operações empresariais. Acompanhe cada descrição detalhada e descubra estratégias eficazes para evitá-los, garantindo uma gestão mais eficiente e uma melhor utilização dos recursos disponíveis. E não se esqueça de ficar atento para o presente especial que preparamos para você ao final do artigo.
Desperdício é qualquer atividade ou recurso que consome tempo, dinheiro ou esforço sem agregar valor ao produto ou serviço final. No contexto do Lean Manufacturing, que se baseia no Sistema Toyota de Produção, a identificação e eliminação deles são fundamentais para melhorar a eficiência e a qualidade.
Existem sete tipos principais: Cada um deles representa uma área onde recursos valiosos são gastos sem retorno adequado, prejudicando a competitividade e a saúde financeira da empresa.
A filosofia Lean ensina que o desperdício pode se manifestar de várias formas e muitas vezes está oculto nos processos produtivos. Por exemplo, a superprodução gera estoques desnecessários, enquanto a espera e a movimentação desnecessária de pessoas e materiais atrasam o fluxo de trabalho. Identificar e eliminá-los é fundamental para alcançar uma produção mais eficiente e enxuta.
Além dos sete tradicionais, também podemos desperdiçar ideias ou talento humano, onde as habilidades e sugestões dos funcionários não são aproveitadas adequadamente. Esse tipo impede a inovação e o crescimento contínuo dentro da empresa, diminuindo o potencial competitivo.
Implementar práticas como mapeamento do fluxo de valor, 5S, Kaizen e outras ferramentas, ajuda as empresas a identificar e reduzi-los, melhorando a qualidade e a produtividade. O objetivo é criar um ambiente de trabalho mais eficiente e flexível, onde os recursos sejam utilizados da maneira mais eficaz possível, beneficiando tanto a organização quanto seus clientes.
Lean Manufacturing, ou Produção Enxuta, é uma filosofia de gestão que se originou no Sistema Toyota de Produção, desenvolvido no Japão na primeira metade do século XX, especialmente por Taiichi Ohno. Esse sistema visa maximizar o valor para o cliente enquanto minimiza o desperdício, focando em produzir exatamente o necessário, quando necessário, e na quantidade necessária. Mais do que uma metodologia, representa uma mentalidade enxuta que deve ser incorporada na cultura organizacional para aumentar a eficiência e produtividade reduzindo erros e redundâncias na produção industrial.
Uma característica central do Lean Manufacturing é a implementação de processos “puxados”, onde a produção é guiada pela demanda real dos clientes, evitando a superprodução e o excesso de estoque. Essa metodologia permite uma resposta rápida às flutuações do mercado e uma melhor utilização dos recursos disponíveis.
A implementação também envolve um forte foco na capacitação e no engajamento dos colaboradores. Equipes são incentivadas a identificar problemas e sugerir melhorias, promovendo uma cultura de responsabilidade e colaboração. Essa abordagem participativa não só melhora os processos, mas também aumenta a satisfação e a motivação dos funcionários.
Em essência, essa prática transforma a maneira como uma empresa opera, indo além das melhorias na produção para impactar positivamente toda a organização. Ao eliminar desperdícios, reduzir custos e melhorar a qualidade, as empresas que adotam essa filosofia podem se tornar mais competitivas e resilientes no mercado global.
A metodologia Lean Manufacturing identifica sete tipos de desperdícios, conhecidos como “Muda”, que prejudicam a eficiência e a produtividade nas operações. A eliminação deles é fundamental para otimizar os processos, reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente. Cada tipo representa uma oportunidade para melhoria contínua e deve ser abordado com estratégias específicas.
Para evitá-los é necessário um entendimento claro das suas características e das técnicas apropriadas para mitigá-los. A seguir, detalhamos cada um dos sete e as abordagens recomendadas para sua prevenção:
Em cada etapa da produção deve-se produzir apenas a quantidade adequada, nem mais nem menos do que o projetado. Além disso, deve-se produzir na velocidade adequada. Ao produzir mais do que o necessário, acumula-se produtos, gerando estoques intermediários e atrapalhando todo o ciclo produtivo.
Quando alguma parte da produção fica parada (pessoas ou máquinas), todo o restante fica esperando que essa etapa volte ao normal. Perde-se bastante tempo e a produtividade diminui, causando problemas financeiros e de prazos. Para evitar isso, a produção tem que estar balanceada e deve-se evitar falta de materiais ou manutenções em máquinas, por exemplo, fatores que podem gerar espera.
Consiste nas etapas de produção que não agregam valor ao produto. Por exemplo, alguns tipos de acabamentos e pinturas internas a um produto podem ser desnecessários, ou seja, para o cliente será imperceptível, mas trará custos de tempo e materiais durante o processo de fabricação. Outro exemplo são embalagens muito luxuosas, que para determinado cliente apenas geram custo e não mais satisfação.
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A produção enxuta consiste em produzir o necessário e com estoques mínimos. Quando se produz mais do que o necessário gera-se grandes estoques, que custam, tanto pelo seu próprio preço, quanto pelo espaço físico e sua gestão. Se o produto for perecível ou de moda, o problema agrava-se mais ainda, pois se esses produtos ficarem “encalhados” e o timing de vendas passar, teremos que descartá-los ou vendê-los por preços menores.
Dentro de uma fábrica, deve-se haver uma lógica no fluxo e transporte de insumos e produtos prontos. Para o cliente final, por exemplo, é indiferente se as peças do seu carro, durante a fabricação, andaram 500m ou 5km. No entanto, se esse transporte for em excesso, o preço final poderá ser maior, impactando na redução de vendas e lucratividade.
Da mesma forma que o transporte em excesso é um desperdício, a movimentação dos funcionários também é. Nesse sentido, o layout e a ergonomia dos funcionários devem ser adequados, para que os movimentos sejam apenas os necessários. Para isso, as ferramentas, manuais e matérias-primas devem estar dispostas de maneira correta e próximas aos que as utilizam.
Na produção, o ideal é que o produto seja feito corretamente da primeira vez. O retrabalho deve ser apenas em casos extremamente necessários. Além do custo do retrabalho, muitas vezes ele não é possível, gerando o descarte deste produto. Para isso ser evitado, costuma-se responsabilizar cada etapa do processo pela qualidade daquela etapa. Isso evita que os defeitos sigam adiante e só sejam percebidos ao final do processo ou até mesmo pelo próprio cliente.
Um diagnóstico especializado é o melhor recurso para mapear os desperdícios empresariais e criar planos de ação efetivos para resolvê-los. Apenas com uma análise detalhada, conduzida por profissionais experientes, é possível identificar precisamente onde os recursos estão sendo mal utilizados. Com base nesta análise, é possível desenvolver estratégias personalizadas para melhorar a eficiência operacional e aumentar a lucratividade, garantindo que a empresa se mantenha competitiva no mercado.
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